Em logística, armazenar não significa apenas guardar produtos em um espaço físico; consiste também em controlar o inventário e o reabastecimento deles, portanto, é considerado, junto com o transporte, o eixo central de qualquer cadeia de abastecimento.
O auge do comércio eletrônico aproximou às companhias a terceirizar algumas de suas operações logísticas com empresas especializadas (3PL) com o fim de aproveitar sua experiência e melhorar a administração de seus armazéns.
"Os clientes buscam um operador logístico que conte com as capacidades, infraestrutura, sistemas e o know how que, por não ser seu core, pode ser complicado que consigam alcançar", disse Rodrigo Moreno, Gerente de Armazéns México da Solistica. "A evolução do e-commerce obriga-os —produtores ou varejistas— a apoiar-se em um operador que tenha estes processos de maneira eficiente, para poder satisfazer o cliente final e seguir em seu ritmo".
O ritmo acelerado do comércio eletrônico provocou com que os 3PL desenvolvam novos serviços de valor e distribuição para cumprir e superar as necessidades de seus clientes. Com os novos modelos de negócio centrados no consumidor, os armazéns devem se enfocar também em aspectos como produtividade, qualidade e melhoria contínua.
Tendências em armazenamento
As compras online —e suas opções de entrega no mesmo dia ou no dia seguinte— promoveram o desenvolvimento de estratégias de eficiência e otimização dirigidas ao cliente final, como explica Marcio Almeida, Diretor Operações Global para Armazenamento da Solistica: "O armazém nunca vai desaparecer, sempre irá existir, mas as operações de um Centro de Distribuição vão se transformar de maneira que consigam ser mais eficientes para assim oferecer um melhor serviço; o Cedis se converterá em pequenos depósitos desenhados com a visão de beneficiar o cliente final e serão operados considerando os diferentes canais de distribuição do futuro".
Esta otimização na eficiência das operações não pode ser conseguida completamente sem a implementação de ferramentas tecnológicas como os sistemas de administração de armazéns ou WMS (siglas de Warehouse Management System) e de transporte ou TMS (siglas de Transportation Management System), que oferecem ao cliente a possibilidade de conhecer o estado de seu produto.
"Nossos clientes exigem que tenhamos uma visibilidade clara, dia a dia, do que acontece no armazém, ou seja, desejam saber se temos a produtividade correta, se estamos despachando corretamente e se estamos constantemente envolvidos na melhoria contínua e na inovação", comentou Almeida.
Para conseguir isto é necessário que o cliente e o operador logístico estejam alinhados e contem com a mesma informação. Ainda que as ferramentas tecnológicas possam ser propriedade do operador logístico, as decisões relativas a armazenamento e de distribuição são tomadas entre ambos, como explica Almeida: "As ferramentas tecnológicas são nossas, mas nós temos que trabalhar como se fossemos um braço estratégico de nossos clientes. Contar com estes sistemas nos dá, como operadores, a flexibilidade de poder adaptar a informação que o cliente necessita e torná-la compatível com seus relatórios e tabelas de indicadores".
Este novo modelo de 3PL integral busca que o cliente tenha um único ponto de contato para seus diferentes processos logísticos ao invés de um fornecedor diferente para cada etapa: armazenamento, transporte e serviços de valor agregado. O 3PL funciona como um integrador da cadeia de abastecimento oferecendo a seus clientes serviços end-to end buscando obter sinergia operativa, melhoria dos níveis de serviço ao cliente final e economias de custos através de aumento de produtividade.
"Antes os clientes buscavam um fornecedor apenas para armazenamento, buscavam outro fornecedor para transporte e buscavam outro para maquila. Agora eles buscam um só ponto de contato: Ser um braço estratégico de logística de nossos clientes, oferecendo-lhes um portfólio de serviços integral; por exemplo, além dos serviços de armazenamento também oferecer os serviços de valor agregado em conjunto. Esta necessidade de integralidade foi se convertendo com o tempo, em uma condição imperativa para o mercado. Os clientes estão buscando ter uma cadeia de serviços completa com os 3PL", mencionou Marcio Almeida.
Ainda que a maioria dos 3PL tenham como missão principal contribuir com os processos de logística outbound ou de saída— atividades logísticas posteriores à produção e relacionadas a distribuição; atualmente alguns 3PLs começaram a oferecer também serviços de logística inbound ou de entrada — fluxos logísticos internos dos sistemas de fabricação: desde o recebimento e o armazenamento da matéria prima até a alimentação das linhas de produção— , o que pode levar o armazém de distribuição a se converter em um armazém inbound, que se baseia na filosofia just in time.
A Solistica e novos serviços de valor agregado
Para otimizar a terceirização de serviços logísticos na América Latina, a Solistica estabeleceu suas estratégias de inovação buscando obter os melhores resultados em termos de melhora de nível de serviços, flexibilidade e custos para seus clientes, como é o caso do DataPack VAS, software desenvolvido pela Solistica para administrar processos logísticos de maquila (VAS) de acordo com a realidade da região. Para conhecer mais sobre este sistema, suas funções e benefícios, você pode consultar este artigo: Disrupção tecnológica no modelo 3PL para a América Latina.
Desde seus inícios, a Solistica distinguiu-se por sua atenção aos detalhes, flexibilidade e inovação, que se refletem em seus mais de 500 mil metros quadrados de armazém a nível global, assim como em seu Centro de Inteligência no que aplicam tecnologia e software para suas soluções logísticas em conjunto com empresas líderes em tecnologias da informação e em seus centros de monitoramento e segurança, o que a tornou merecedora das certificações ISO 39001:2012, ISO 9001:2008, OHSAS 18001:2007, ISO 14001:2004, PREAD, ISO 28000:2008 e do Selo de boas práticas em inovação.
A Solistica é exemplo de como alguns operadores logísticos na América Latina começaram a se adaptar às necessidades específicas dos clientes ao ampliar seu portfólio com serviços de valor agregado para complementar suas estratégias de armazenamento e distribuição, por exemplo:
- Etiquetamento: colocação das etiquetas obrigatórias para o rastreamento de pacotes, de marca, de país de origem, com códigos de barra e personalizadas.
- Empacotamento: colocação dos produtos em caixas, documentação e classificação. Tornar o espaço mais eficiente para obter melhores tarifas de transporte.
- Montagem de pacotes ou kitting: empacotamento de dois ou mais artigos juntos e inserção de publicidade ou amostras.
- Logística inversa: inclui o retorno de mercadorias, a gestão de devoluções, a recuperação e a reciclagem de embalagens e resíduos pelagrosos e a administração o inventário restante.
- Recondicionamento de produtos: coleta de artigos devolvidos pelo cliente ou com algum dano menor e restauração deles para vendê-los novamente.
- Paletização: contratação de paletes e empilhadeiras para levantar vários quilos ou toneladas.
"O fato de que os clientes busquem um operador integral é que esperam que, com esse braço estratégico, haja um crescimento mútuo, que haja um entendimento claro de sua logística. Além de apenas contratar um serviço, buscam um tema estratégico, uma relação em longo prazo. O que os operadores e os clientes desejam são relações de oito, 10 ou 20 anos porque, justamente, há um entendimento e um nível de relação tão próximo que você se torna parte de seu negócio", concluiu Rodrigo Moreno.
É assim como a Solistica se torna parceira estratégica ao cumprir os objetivos de logística das companhias e contribuir com suas metas comerciais e de serviço. Os consumidores finais também se convertem em seus clientes.