Atualmente, a prioridade dos fabricantes e atacadistas deve ser sua transformação digital e a adoção de tecnologia que os ajudem a melhorar sua eficiência no curto e longo prazo e a ser competitivos no mercado.
A cadeia de suprimento desta nova década deve considerar a tecnologia como seu principal recurso para aumentar esforços, resolver problemas comerciais, aproveitar novas oportunidades, criar marcas com base na experiência do cliente e planejar operações com antecedência.
As soluções tecnológicas de logística 5.0 ou de próxima geração —especialmente a inteligência artificial, a aprendizagem automática, a internet das coisas e o blockchain ou cadeia de blocos— estão fazendo com que as cadeias de suprimento a nível global sejam mais inteligentes, rápidas, sustentáveis e centradas no cliente.
Previsões para esta década[i]
A logística nos próximos 10 anos será caracterizada principalmente por estas previsões:
Previsão 1:
Espera-se que no final de 2021, metade das cadeias de suprimento manufatureiras dos Estados Unidos invistam em inteligência artificial, o que ajudará a efetividade de seus processos.
Previsão 2:
Para 2022 as empresas americanas dedicarão 35 porcento de seu orçamento de serviços logísticos para a automação de processos, principalmente em processos de acompanhamento de pedidos, inventários e remessas.
Previsão 3:
Para 2023 os microaplicativos da cadeia de suprimento representarão um terço dos investimentos em tecnologia dos fabricantes e varejistas dos EUA.
Predição 4:
Também se espera que em 2023 sessenta e cinco porcento das atividades de armazenamento nas companhias norte-americanas utilizem robôs e análises de dados para aumentar sua capacidade e reduzir o tempo de processamento de ordens.
Previsão 5:
Além disso, estima-se que em 2023 vinte e cinco porcento dos fabricantes norte-americanos utilizem o blockchain para obter peças de reposição, melhorar a precisão das peças e reduzir em 45% os custos de envio.
Previsão 6:
Por outro lado, nesse mesmo ano espera-se que 60 porcento dos fabricantes de G2000 invistam em automação de processos robóticos com inteligência artificial para assim abordar o déficit de habilidades na cadeia de suprimento.
Previsão 7:
Para 2024 setenta e cinco porcento das empresas norte-americanas orientadas ao cliente terão desenvolvido a capacidade de personalizar suas cadeias de suprimento, o que aumentará sua participação no mercado.
Embora essas previsões não sejam completamente concretas, elas oferecem um panorama do com que a logística se deparará nos próximos anos.
Como se pode ver, as companhias estão começando a ver a logística não apenas como um processo de entrega, mas também de marketing. As tecnologias que permitam reter e satisfazer o cliente serão as mais usadas nesta década, ou seja, aquelas que cumpram as seguintes funções:
- Construir marcas baseadas na experiência do cliente. Além de pensar em operações, as companhias deverão entender de marketing e serviço ao cliente; deverão priorizar a experiência do cliente através da marca, velocidade de entrega, visibilidade e transparência.
- Digitalizar e integrar a cadeia de suprimento. Isto inclui comunicação, documentação, análise e processos de pedido e gestão e inventário.
- Trabalhar com os fornecedores e parceiros na mesma plataforma, o que facilitará a colaboração em tempo real.
- Automatizar o processo de documentação investindo em sistemas específicos para esta função.
- Utilizar métricas, análises, indicadores-chave de desempenho e sugestões vindas da inteligência artificial para prever padrões de compra, identificar motoristas e estimar prazos de entrega. Somente quando todos os dados estão em um só lugar é possível ver as métricas reais.
- Usar a tecnologia blockchain como plataforma única para rastrear as remessas de ponta a ponta de maneira transparente, de modo que transportadores, portos, operadores logísticos e agentes compartilhem o mesmo portal para atualizar seu status.
- Investir em infraestrutura e capacitação para aumentar a produtividade e eliminar as manutenções.
- Implementar uma logística ecológica que integre técnicas de sustentabilidade à estratégia geral. Isto não só ajudará o meio ambiente como também melhorará a reputação corporativa, reduzirá os custos da cadeia de suprimento e aumentará a lealdade do cliente. Algumas estratégias de logística verde são as seguintes:
- Usar veículos híbridos ou elétricos, ou veículos com sistemas de propulsão alternativos ao diesel como o gás natural liquefeito.
- Utilizar sistemas de otimização de rotas que fornecem informações sobre cargas e pegada de carbono.
- Otimizar o transporte através de estratégias de transporte intermodal, logística reversa e backhaul.
- Usar painéis fotovoltaicos e outros sistemas de energia renovável nos centros logísticos.
- Comprar matérias primas e componentes com fornecedores locais para minimizar as distâncias de remessa.
- Avaliar o desempenho ambiental dos fornecedores.
Mesmo que a inteligência artificial permita melhores decisões, a internet das coisas forneça dados que não se tinham e o blockchain ofereça informações mais confiáveis, enquanto não se integrar a cadeia de suprimento e não se utilizar efetivamente os dados, os resultados não serão os melhores.
Para conseguir isso as companhias podem contratar operadores logísticos, como a Solistica, que compartilha a filosofia de colocar o cliente no centro dos objetivos e das operações logísticas.
Este blog foi publicado em 19 Fevereiro 2020 e otimizado em 17 de setembro de 2022.
[i] Segundo a IDC, empresa de investigação de mercados e consultoria