É difícil imaginar a vida sem artigos eletrônicos, não é? Então, não é estranho que se trate da segunda indústria mais importante a nível nacional no México e em geral uma das mais relevantes do mundo.
E a verdade é que se trata de uma indústria complexa. Realiza uma importante tarefa de importação e exportação, tanto de materiais, mão de obra, peças, e produtos terminados, que vão de um ponto do país ou do mundo a outro. Por esta razão, a logística é vital para uma indústria assim, chegando a representar até 20% do custo total dos produtos.
Além disso, a eletrônica é uma indústria em explosivo crescimento, em conjunto com o setor tecnológico, no qual está englobada.
Não se trata apenas do intercâmbio entre as grandes potências onde as empresas eletrônicas e tecnológicas em geral estão aproveitando as oportunidades dos mercados emergentes; e sim de que os padrões de demanda estão mudando tão rapidamente quanto os próprios produtos eletrônicos.
Por tudo isto, os desafios logísticos aumentam exponencialmente e com frequência.
Isso foi apontado recentemente por Luz María de la Mora, Subsecretária de Comércio Exterior da Secretaria de Economia do México: "Sem logística, sem serviços de transporte eficientes, sem serviços de carga eficientes, sem serviços financeiros, sem serviços de telecomunicações, não podemos pensar que vamos aumentar a competitividade".[1]
Consequentemente, seguir o passo desta indústria é tarefa das melhores respostas da logística moderna.
De fato, assim tem sido à medida em que ambas as indústrias evoluem. No México, por exemplo, o embarque isento de tarifas alfandegárias na fronteira e os processos de logística reversa foram essenciais para a competitividade internacional desta indústria.
Mas ainda há mais apostas que a indústria logística está fazendo para ser a aliada ideal da ascensão meteórica da indústria eletrônica.
Conectar mercados, encurtar prazos
A logística está atualmente aproveitando as vantagens dos mercados globais para encurtar os prazos de entrega: explorando sedes de abastecimento regionais, criando cadeias de suprimento centradas no cliente, entre outras soluções.
Ainda que a América do Norte siga sendo um grande mercado, se espera que nos mercados emergentes a demanda aumente em até 20 por cento em países e regiões como o Brasil, Índia, Meio Oriente, África e América do Sul em geral, o que é um fator para um crescimento exponencial da logística no futuro.
Mudar os padrões de abastecimento
As exigências desta indústria obrigam o setor logístico a redobrar o esforço de eliminar os longos prazos de entrega. Assim, estão sendo adotadas estratégias de abastecimento nacionais ou regionais, o que além de fazer os produtos chegarem mais rapidamente ao mercado, permite melhorar o serviço ao cliente.
Operar uma rede de suprimento mais diversificada e flexível está ajudando às empresas eletrônicas a responder no ritmo que seus consumidores esperam e às demandas do ciclo de vida de seus produtos.
Em outros casos, se está apostando em otimizar os inventários ou implementar técnica de planejamento rápido.
Melhorar o serviço
Em um mercado digital com comentários instantâneos de consumidores empoderados, as empresas estão construindo suas cadeias de suprimento centradas no cliente.
Para uma grande parte dos executivos de empresas, a capacidade de resposta está diretamente relacionada com o serviço ao cliente e é um fator decisivo para mudar a cadeia de suprimento.
Desde os esforços particulares de reduzir prazos de entrega, até as novas ferramentas tecnológicas que estão agilizando os processos logísticos, ou melhorando a visibilidade do envio durante o caminho etc., a indústria logística tem encontrado formas de melhorar o serviço ao cliente. E deverá seguir buscando mais.
Pensar no meio ambiente: logística reversa
Já as novas regulações e a pressão dos varejistas estão encaminhando os fabricantes de eletrônicos para práticas mais ecológicas, desde reduzir o uso de materiais perigosos e emissões, até reciclar embalagens. No entanto, ainda há uma grande oportunidade na cadeia de suprimento de eletrônicos e está na administração das devoluções e reciclagem: a logística reversa.
Por um lado, o roteamento dinâmico é uma forma poderosa de mudar o inventário para lugares onde está em demanda, e, por outro lado, muitas empresas estão subcontratando a logística reversa, estabelecendo processos para transportar os produtos devolvidos para centros de devolução e conserto de baixo custo em todo o mundo. E muitas estão fazendo isto mudando o enfoque de logística reversa direta no cliente, de custo relativamente baixo, para um centrado em parceiros varejistas.
Para recuperar peças recicláveis ou para fazer consertos, normalmente os clientes levam seu equipamento até uma loja que reúne as devoluções e as envia; o 3PL recebe o produto devolvido, faz uma avaliação inicial e envia-o aos fornecedores de conserto segundo a necessidade. Assim, no lugar de usar a infraestrutura de 3PL exclusivamente para administrar processos, é possível aumentar a eficiência de resposta e reduzir o estoque, apenas movendo o processo inicial de segregação e conserto do produto devolvido para mais perto do cliente. É possível também usar vários 3PL e múltiplos tipos de canais e metodologias de retorno, sem agregar um custo exponencialmente mais alto, com maior velocidade, eficiência, controle e flexibilidade.
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Aproveitar outros mercados, alterar os padrões de abastecimento para alcançar uma eficiência otimizada e melhorar o serviço ao cliente é apenas o princípio.
Finalmente, a maioria dos atores da indústria acredita que podem ser feitas melhorias em seus processos de importação e/ou exportação, razão pela que os desafios e oportunidades para aumentar a eficiência da logística e da cadeia de suprimento serão uma constante.
[1] http://t21.com.mx/logistica/2019/05/24/4t-define-futuro-mexico-fabrica-global-logistica
