Nas atividades de transporte, os riscos são uma constante em todas as etapas, desde o carregamento até a entrega final. Uma constante que, no entanto, pode ser controlada com compreensão desses riscos, e ferramentas e estratégias adequadas.
As empresas deste ramo podem usar métodos, iniciativas e tecnologias capazes de diminuir os riscos consideravelmente, e aumentar a preparação caso surjam as situações previstas.
Estes riscos incluem possíveis efeitos na integridade e segurança da frota, a segurança dos operadores e os problemas de cumprimento de prazos e entregas. Estes são alguns dos mais importantes:
- Os fenômenos meteorológicos, desastres naturais, intempéries em geral e temperaturas extremas
- O tráfego rodoviário
- O estado do mar, no caso de operações marítimas
- Os perigos sociais
- Cortes de infraestrutura, engarrafamentos de trânsito, estradas em mau estado, ruas sem semáforos, etc.
- Acidentes, atropelamentos ou capotamentos de veículos de carga
- Perdas de carga
- Assaltos na rota
Dada esta ampla gama de riscos, é necessário implementar uma metodologia de administração ou gestão de riscos de transporte, que envolve a identificação, análise e avaliação de riscos comuns nas diferentes etapas do
processo, para obter uma visão mais global, avaliar cada um dos riscos e projetar estratégias para enfrentá-los.
Elementos básicos para a gestão de riscos de transporte
Já com a lista de ameaças e efeitos que tais ameaças podem gerar, se procede a uma análise mais detalhada para quantificar os riscos e obter um critério mais preciso para suas opções de tratamento.
Embora uma boa estratégia de gestão de riscos de transporte deva ser adaptada a cada organização em particular, existem pilares comuns necessários:
- Ter suporte executivo para a gestão.
- Definir lideranças e responsabilidades organizacionais da gestão.
- Formalizar cursos de ação usando uma abordagem holística.
- Reexaminar as políticas, processos e padrões existentes à luz da nova gestão.
- Integrar este subprocesso nos processos comerciais existentes.
- Empregar as ferramentas mais sofisticadas possíveis de análises de riscos e soluções modernas para automatizar as tarefas de resolução de incidências.
A imprescindível ajuda da tecnologia
Expandindo esse último ponto, devemos reconhecer que a tecnologia se tornou uma grande aliada dos operadores de transporte para antecipar e controlar melhor as situações conflitantes ou perigosas automaticamente. Vamos ver alguns exemplos:
- Um bom sistema de proteção antifurto na frota (bloqueio de motor, travamento de portas, bloqueio de área de carga, botão de pânico instalado na cabine), pode reduzir as chances de assaltos na rota que tentem se apropriar da carga, ou mesmo do veículo.
- Os assistentes de condução instalados no painel do veículo dão às empresas de transporte a possibilidade de regular as más práticas ao volante, como o excesso de velocidade, uma das causas mais comuns de acidentes rodoviários.
- Os sistemas auxiliares para a programação de vias capazes de modificar a rota em tempo real permitem otimizar os trajetos de entrega e lidar melhor com vias intransitáveis ou o que vá acontecendo pelo caminho.
Por fim, é preciso considerar que, sem abordar sistematicamente a segurança nas operações de transporte, há enormes riscos econômicos diretamente relacionados ao valor da carga e dos veículos, além de criar problemas que levem a interrupções na cadeia de suprimentos, que por sua vez prejudiquem a reputação e os lucros dos negócios envolvidos, enquanto.
Por outro lado, a gestão adequada dos mesmos, é uma ferramenta que minimiza seu impacto na cadeia, e melhora a competitividade das empresas do setor.