Para o diretor de logística de uma empresa produtora que se encarrega de administrar seu próprio armazém, enfrentar um excesso de inventário é um problema comum que impacta diretamente nos custos e no serviço ao cliente.
Trata-se de um acúmulo de estoque além dos níveis aceitos ou otimizados que geralmente é calculado de uma maneira muito básica que, em geral, não considera elementos importantes da cadeia de produção.
O diretor de logística é o responsável por estabelecer níveis equilibrados de estoque conforme a demanda dos clientes para oferecer um serviço de qualidade que ajude a empresa a se manter competitiva.
Trata-se de ter disponível, para os clientes, os produtos quando estes os pedem.
No entanto, esta condição de eficácia costuma ser mal interpretada, caindo em um senso comum natural de querer armazenar mercadorias de maneira desproporcional.
Em geral, um armazém em excesso é o sintoma de um problema interno no sistema de logística e produção que muitas vezes passa desapercebido.
De acordo com a empresa de consultoria MeetLogistcs o nível de estoque é como a corrente de um rio, "quando uma empresa reduz seus níveis (ou seja, reduz o nível da água), em todo o processo produtivo e/ou comercial, e faz isto em grande proporção ou continuamente, a água deixará que as pedras que interferem no processo sejam vistas.
Na decisão de quanta mercadoria armazenar intervêm vários departamentos da empresa, desde as áreas de compras e de finanças até as de vendas, marketing e logística, se a comunicação entre elas não for coordenada ou é desarticulada, acontece o efeito da corrente do rio.
Problemas causados pelo excesso de inventário
- Eleva os custos financeiros, pois o investimento fica no armazém sem gerar fluxo de efetivo nem rendimentos.
- Aumenta os custos de logística, pois a manutenção do armazém gera um gasto em espaço e em mão de obra.
- Produz perdas por obsolescência, já que nem todos os produtos têm o mesmo tempo vida em estante, seja por datas de vencimento ou por cair fora da temporada.
- Ocupam um espaço no armazém e consomem recursos que poderiam ser dedicados a produtos com maior demanda, o que pode produzir o desabastecimento destes últimos.
- Altera o nível de serviço ao cliente ao oferecer algo que este não requer no momento (o produto excedente) sem realmente satisfazer algo que sim esteja demandando imediatamente.
Como alcançar o inventário correto?
Não há uma fórmula única, depende do setor em que a empresa exerça e a atividade que esta realize.
No entanto, em termos gerais, pode-se melhorar o controle de inventário seguindo estas recomendações:
- Aproveitar a tecnologia e implementar um sistema que detecte automaticamente os excessos para ajudar na tomada de decisões oportunas.
- Estabelecer anualmente os objetivos da empresa em quanto a aquisições, considerando as variáveis que podem afetar a cadeia de abastecimento.
- Promover a coordenação entre as diferentes áreas do negócio para que haja uniformidade de critérios para as aquisições e integração na busca de soluções para administrar o excesso de inventário, como planejar promoções ou no caso de um retail, negociar com os fornecedores a devolução da mercadoria.
- Avaliar tendências para adiantar-se à demanda e alcançar um equilíbrio entre o inventário e o que realmente se vende, sem cair no desabastecimento.
Na administração de armazéns deve-se estar atentos aos fluxos das mercadorias para não provocar um excesso de inventário que eleve os custos e afete a rentabilidade da empresa.
Identificar os problemas a tempo e tomar decisões oportunas contribui para evitar ineficiências que resultem em custos maiores e uma estagnação de seu fluxo de efetivo.
Quando a gestão de inventários e armazéns em geral é um elemento que consome recursos e distrai da operação do negócio, uma decisão inteligente a ser tomada é subcontratar os serviços de um fornecedor de logística que conte com a experiência, o conhecimento e inclusive a infraestrutura e tecnologia necessárias para satisfazer esta necessidade de abastecimento, ligada diretamente à qualidade do serviço ao cliente que a empresa oferece.