Logística de materiais de produção para a indústria alimentícia

3 Agosto, 2020 Tendências logísticas

Uma das atividades que ganhou relevância foi a logística de alimentos. Graças a ela pode-se consumir produtos elaborados em qualquer parte do mundo, mesmo sem sabermos disso.

A logística de alimentos abrange todo tipo de alimentos — de carnes, frutas e verduras até pratos prontos e ingredientes — independentemente de seu formato ou apresentação. Isto faz com que a segurança em toda a cadeia de suprimentos seja vital e que devam ser considerados vários fatores, como a distância origem-destino, o controle de temperatura, a contaminação cruzada, a capacitação aos operadores e as regulações.

Etapas da cadeia de suprimentos

A cadeia de suprimentos de alimentos prontos é dividida em três etapas:

  1. Elaboração: consiste no planejamento da produção e no carregamento de produtos em contêineres isotérmicos.
  2. Transporte: ou seja, a colocação específica dos alimentos nas unidades de transporte para que não causem uma possível contaminação ou falta de impenetrabilidade.
  3. Ponto de consumo: refere-se a verificar que as embalagens estejam em perfeitas condições e colocação dos alimentos frios em câmaras ou frigoríficos, e os quentes em mesas quentes até a entrega ao usuário final.

 

Além disso, ao longo destas etapas são realizados processos de embalagem, armazenamento e manuseio do produto (alguns congelados ou refrigerados), rotulagem, reembalagem, picking etc. 

Fatores que afetaram a logística de alimentos

Nos últimos anos a logística do setor alimentício foi afetada por diferentes fatores:

  • Mudanças no comportamento do consumidor:
    • Preferência por produtos saudáveis, baixo teor de sal, baixo teor calórico, naturais, orgânicos, sem transgênicos e sem aditivos, bem como produtos para dietas especiais (por exemplo, sem lactose, sem glúten, veganos, vegetarianos), produtos locais e frescos.
    • Necessidade de saber onde os produtos foram cultivados ou processados.
    • Preferência pela personalização.
    • Necessidade de ter os alimentos no momento e lugar onde se querem.
  • Aumento da volatilidade no fornecimento potencializada por fatores geopolíticos e climáticos.
  • Flutuação das condições comerciais internacionais.
  • Regras e padrões mais rígidos, especialmente aqueles relacionados à segurança alimentar.
  • Mudanças demográficas e sociais.
  • Rápidos avanços tecnológicos para abordar problemas da cadeia de suprimentos em uma etapa inicial.
  • Requisitos e leis de sustentabilidade.

 

Tendências na indústria de alimentos

Mesmo antes do coronavírus, as cadeias de suprimentos de alimentos já estavam em transição; no entanto, a pandemia acelerou algumas destas tendências:

Nos pontos de distribuição:
  • Integração dos pontos de distribuição
  • Aumento da experiência do cliente nas lojas físicas
  • Implementação de lojas projetadas exclusivamente para fazer entregas (conhecidas como dark stores)
  • Instalações mais próximas aos clientes
Nos canais de distribuição:
  • Impacto nas entregas de acordo com o local, prazo e rapidez
  • Preferência do consumidor de acordo com a situação (compra de emergência ou compra de reabastecimento)
  • Transportes combinados e distribuição central
Na embalagem e no formato:
  • Expansão da comida “para levar” em outros canais
  • Experiência de compra pelo design da embalagem
Com relação às tecnologias:
  • Visibilidade de estoque em toda a rede
  • Torres de controle
  • Técnicas de modelagem de redes e análises de cenários
Coronavírus e indústria alimentícia:

As medidas de contenção pela pandemia têm impactado o fluxo dos alimentos desde os produtores até os consumidores. Estes são alguns exemplos de interrupções que a crise por covid-19 gerou:

  • Colheitas: safras perdidas por falta de pessoal e fechamento de fronteiras.
  • Logística: transporte internacional de produtos frescos difícil e caro.
  • Processamento: fechamento de fábricas processadoras de alimentos.
  • Abastecimento: falta de pessoal e entregas insuficientes.

 

Apesar de ainda não podermos falar de soluções para enfrentar estes e outros problemas logísticos derivados da pandemia, existem algumas estratégias que as companhias da indústria de alimentos poderiam implementar para melhorar sua logística, por exemplo:

 

  • Investir em capacidades omnicanal, sobretudo em soluções digitais.
  • Trabalhar com um grupo mais amplo de fornecedores e manter maiores estoques de produtos de alto movimento.
  • Excluir produtos de lento movimento.
  • Desenvolver novos produtos que combinem um estilo de vida saudável com um mínimo impacto ambiental.
  • Relacionar-se com parceiros da cadeia de suprimentos, incluindo operadores logísticos.
  • Implementar soluções de rastreamento e localização para antecipar e destrancar gargalos.
  • Reprojetar os armazéns e as plantas de processamento para conseguir um distanciamento social.
  • Reduzir os horários em lojas, rotar o pessoal e duplicar os serviços de entrega.

 

Assim como no resto das indústrias, a logística de alimentos não é mais percebida como um conjunto de atividades operativas e sim como uma estratégia decisiva para se diferenciar da competência. Os clientes não estão mais satisfeitos com o produto em si, e sim com toda a experiência ao redor deste. Isto cria oportunidades para que as companhias possam se destacar.

 

Na Solistica sabemos a importância dos produtos alimentícios, por isso contamos com frotas de unidades e armazéns com condições especiais para seu manuseio. Além disso, devido à pandemia, reforçamos nossos processos de segurança para garantir que os clientes recebam a mercadoria em seu melhor estado.

 

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